O Lusitano, um dos cavalos de sela mais antigos da Península Ibérica, combina influências antigas, tornou-se um cavalo real e é atualmente utilizado em todo o mundo.
12.000 - 1700 BC.
Origens e início da história
O Lusitano desenvolveu-se durante milhares de anos em isolamento na Península Ibérica. Este isolamento geográfico permitiu que a população de cavalos se desenvolvesse sem perturbações ao longo de 15.000 anos.
Desenhos rupestres em Portugal, datados de 1700 a.C., mostram cavalos que se assemelham aos Lusitanos modernos, o que faz do Lusitano um dos mais antigos cavalos de equitação do mundo.
5000 A.C.
Influências das culturas antigas
Por volta de 5000 a.C., o Lusitano foi utilizado como cavalo de guerra pelos Lusitanos. Estes guerreiros desenvolveram uma técnica de combate única chamada "gineta", que exigia cavalos rápidos, ágeis e fortes.
Fenícios, gregos, cartagineses e outras culturas contribuíram para o desenvolvimento da raça. Estes invasores ficaram impressionados com a velocidade e a capacidade de combate dos Lusitanos.
Na antiguidade, o Lusitano era tido em grande estima como um dos melhores cavalos de equitação. Os reis e os nobres preferiam-no para retratos e como cavalo de guerra.
711 a 1294 d.C.
Evolução na Idade Média
De 711 a 1294, os mouros trouxeram consigo os seus cavalos berberes, que foram cruzados com os Lusitanos. Estes cruzamentos foram uma reintrodução de linhagens originárias da Península Ibérica.
Com a fundação de Portugal em 1128, o Lusitano tornou-se um cavalo real e contribuiu para o desenvolvimento do Puro Sangue Inglês.
Século XVIII
Desenvolvimentos modernos
No século XVIII, as tendências de criação em Espanha e Portugal começaram a divergir, conduzindo a uma criação específica para a funcionalidade, inteligência e velocidade.
Os portugueses começaram a chamar aos seus cavalos "Lusitanos" para os distinguir dos cavalos "Espanhóis". Este facto levou à fundação do seu próprio livro genealógico "Puro Sangue Lusitano" (PSL) em 1967.
Desde 1989
Reprodução e conservação modernas
Em 1989, foi fundada a Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano (APSL), com sede em Cascais, com o objetivo de gerir o livro genealógico e assegurar a pureza e qualidade da raça em cooperação com representantes internacionais.
Os objectivos de criação da APSL incluem a preservação dos traços característicos do Lusitano e a sua adaptação às exigências modernas.
Atualmente, existem cerca de 10.000 Lusitanos de raça pura em todo o mundo, conhecidos pela sua coragem, velocidade e agilidade. São utilizados não só na tauromaquia, mas também na equitação de trabalho e na dressage.